• Autor Bruna Ribeiro Simão
  • Ano 2017/1
  • Orientador Fernanda Marx
  • Resumo

    O terreno está localizado no sub-bairro da Portuguesa, na Estrada do Galeão, esquina com a Rua Haroldo Lobo, e tem quase 3 mil metros quadrados. O bairro possui 212.576 habitantes e mais de cinquenta porcento são mulheres, segundo o Instituto Pereira Passos. Atualmente a Ilha do Governador não possui hospitais maternidades, tanto na rede publica quanto na rede particular. O Projeto tem como objetivo garantir a melhor assistência para a mãe e o bebê e proporcionar uma boa relação entre o ser humano e o meio. Durante o desenvolvimento da proposta, a atenção ao bem-estar das gestantes, acompanhantes, visitantes e funcionários foi um ponto importante. A ideia é que a maternidade seja mais que um simples hospital, ela foi desenhada para ser um equipamento público de influência no bairro, onde se tem como usuários: gestantes, puérperas, recém-nascido e familiares. Foi idealizado um hospital, que auxilia no pré- parto, com empoderamento da mulher pela conscientização de seus direitos, possui cursos para gestantes e familiares, incentiva o envolvimento do homem no processo de nascimento, auxilia no durante, com resgate da imagem do parto normal como uma forma prazerosa, segura e saudável de dar à luz e prioriza a presença de um acompanhante. Por fim, assiste também no pós- parto, com a criação de um espaço para tratamento de prematuros e bebês que nasceram com algum problema, com o centro de atividades, o incentivo ao aleitamento materno e apoio na depressão pós-parto.O desenvolvimento da maternidade a partir de blocos com pátios internos foi pensado como estratégia, onde o foco é a qualificação do externo; o espaço urbano e o interno; a humanização funcional. A relação do lote escolhido para a elaboração do projeto com o entorno imediato é formidável: tanto por seu entorno fronteiriço com o hospital municipal Evandro Freire, o mais novo hospital público do bairro, como por seu dimensionamento, sendo maior que o tamanho destinado para a construção do empreendimento. A estratégia de uso de blocos com os pátios internos amplia a volumetria do edifício, permitindo que o projeto se aproprie do terreno, determinando importância como equipamento público da Ilha do Governador. Na relação interna, os pátios oferecem um ambiente introspectivo, humanizando o espaço hospitalar pela criação de um microcosmo de proteção e tranquilidade, são áreas projetadas para proporcionar bem- estar e contribuir para a recuperação da saúde dos pacientes. Com sua escala humana, os pátios se tornam espaços exteriores domesticados, sua função é trazer luz natural aos ambientes internos através de uma paisagismo controlado, evitando os frequentes espaços herméticos e proporcionando ambientes mais humanos, além de contribuir no combate à infecção hospitalar, eles são protegidos das correntes de ar, sombreados, isolados dos ruídos exteriores e conectados com a natureza, conferindo ao projeto limites claros e facilitando sua setorização.


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